terça-feira, 22 de setembro de 2009

APRENDIZAGEM COGNITIVA

 

Como as crianças aprendem?
Todas ao mesmo tempo? Todas da mesma maneira?
Por que aprenderam algumas coisas melhor que outras?
Como ensinar para obter um melhor aprendizado?

Essas perguntas são feitas entre os educadores há bastante tempo na tentativa de compreenderem os processos pelos quais uma criança é capaz de decodificar a realidade.

Não muito recente, acreditava-se que as crianças aprendiam apenas recebendo informações de um professor. O professor explicava, ditava regras, mostrava figuras. A criança ouvia, copiava, decorava e devia aprender. Essa era uma realidade pela qual a nossa educação há muito tempo ficou atrelada. A esta forma de ensinar ficou conhecida como instrucionismo.

Quando não aprendia, culpava-se a criança e esta por sua vez era estigmatizada como desatenta, irresponsável ou em último caso projetava-se a responsabilidade para o professor e ele era aquele que tinha falta de "jeito".

Atualmente existem outras idéias sobre aprendizagem. Elas são o produto do trabalho de certos educadores e psicólogos que têm procurado responder as perguntas apresentadas no início deste texto.

O campo de estudo desses pesquisadores chama-se Psicologia Cognitiva. Esta psicologia é a ciência que estuda o pensamento e as emoções; a palavra cognitiva refere-se ao conhecimento. Os conceitos da Psicologia Cognitiva aplicam-se ao conhecimento e à aprendizagem em geral.

De um modo geral, uma teoria é uma tentativa humana de sistematizar uma área de conhecimento, uma maneira particular de ver as coisas, de explicar e prever observações, de resolver problemas.

Uma teoria de aprendizagem é então, uma construção humana para interpretar sistematicamente a área de conhecimento que chamamos de aprendizagem. Representa um ponto de vista de um autor/pesquisador sobre como interpretar o tema aprendizagem, tenta explicar o que é aprendizagem e porque funciona como funciona.

Essas idéias não negam completamente as idéias antigas sobre o aprendizado. É possível aprender recebendo informações, treinando e decorando regras. Mas, dessa maneira, a compreensão daquilo que se aprende costuma ser bem pequena. E esta é a diferença: o que se procura através da Psicologia Cognitiva é favorecer o aprendizado com compreensão.

A Psicologia Cognitiva fez importantes descobertas sobre o pensamento da criança. Os pesquisadores concluíram que:

a) crianças pensam de maneira diferente dos adultos;
b) cada criança pensa diferentemente de outra;
c) o pensamento evolui, passa por estágios; em cada estágio, a criança tem uma maneira especial de compreender e explicar as coisas do mundo.

Os pesquisadores da Psicologia Cognitiva também elaboraram idéias sobre o que é aprender. Eles declaram que aprender com compreensão é um processo pessoal, que acontece dentro da cabeça de cada um. Esse processo exige que o aprendiz pense por si próprio.

Assim, para a Psicologia Cognitiva, simplesmente receber informações de um professor não é suficiente para que o aluno aprenda com compreensão, porque, nesse caso, a criança fica passiva, não pensa com a própria cabeça.

A Psicologia estudou também quais objetos ou atividades ajudam a aprender. Ela tem mostrado que o pensamento e o aprendizado da criança desenvolvem-se ligados à observação e investigação do mundo. Quanto mais a criança explora as coisas do mundo, mais ela é capaz de relacionar fatos e idéias, tirar conclusões; ou seja, mais ela é capaz de pensar e compreender.

 

Texto adaptado de:http://educar.sc.usp.br/matematica/m4l2.htm

5 comentários:

  1. Muito interessante sua pesquisa,enriquecerei meu trabalho pois tive mais conhecimento com seu trabalho.

    Grupo pedagogas


    obrigado!

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  2. Gracias , me ha ayudado mucho!

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  3. Gostei muito do artigo parabens uma abordagem bem simples mais muito explicativa

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  4. Caro, tá aí uma coisa que gostei muito de ler e penso que é basicamente isso que acontece mesmo, gostei muito desse artigo. Parabéns.

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