quarta-feira, 4 de novembro de 2009

EXISTÊNCIA

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Nem sempre conseguimos fazer da vida o nosso palco. Ele corre o risco de desmoronar e desmorona mesmo. Acredito ser torturante viver muito tempo de aparências e fazer segurar e sustentar papéis que o tempo amarelam. A alma muitas vezes transborda, os olhos vertem lágrimas e é nesta hora que precisamos de um ombro amigo para dividir o nosso fardo, não que o outro seja o depositário dos nossos lixos mas é a ele que confiamos o que de mais sagrado neste momento oferecemos: a nossa história, as nossas dores. Precisamos de pessoas que saibam aliviar um pouquinho a nossa existência e é feliz de quem tem.

É preciso valorizar os sentimentos que estão fervilhando dentro do nosso coração. Mas nunca se sentir inútil. Agora é o tempo de perceber-se e permitir sentir o que está sentindo seja qual for o sentimento que se apresente. Depois organizar o luto.

Vivo o sentimento que se apresenta mas não deixo que ele turve a minha visão para coisas novas que podem chegar.

Luciano Medrado.

Um comentário:

  1. Porque que não falar do recomeçar? Forte são aqueles Lu que depois de grandes derrotas consegue sobreviver e conquistar tudo que um dia perdeu novamente. "Recomeçar sempre", esta foi a minha leitura do seu texto.Não podemos de fato cultivar apenas aparência, precisamos sim extravasar para viver.

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