Existe em nós uma parte divina e outra humana. A parte divina é um perene manancial de liberdade e força propulsora para o infinito, enquanto a parte humana está relacionada com a matéria, sendo por isto limitada, cheia de armadilhas e prisões.
Deus, que é liberdade eterna, se manifesta neste mundo através de suas criaturas. Podemos imaginá-lo como um gigantesco sol, cujos raios tudo permeiam, embora mantendo-se fora de tudo. Cada alma ou parte divina é um raio deste sol, o qual é inteligência, é propósito criativo e evolutivo, é ressurreição e vida. É o caminho do meio, é a luz que ilumina todos os seres que vêm ao mundo, é verdade, é Cristo, é Deus em nós.
Vivemos ansiando por liberdade financeira, de expressão individual e coletiva. É uma estressante batalha, na qual a liberdade conquistada é ilusória, pois continuamos sob a tirania de medos como: do desemprego, do assaltante, da pobreza, da doença, da inveja, da traição, da morte, da...
Sempre que nossa atenção se volta para o cotidiano, somos acometidos por sentimentos de injustiça. Encontramos tanta injustiça que nos sentimos impotentes diante da vida. E esse sentimento de impotência certamente é a mais cruel de todas as masmorras.
Para conquistar a verdadeira liberdade, você precisa livrar-se dos medos que o aprisionam. O principal carcereiro é o medo da morte. A vitória sobre ele resulta de dissociar-se o eu do meu, ou seja, de ter plena consciência de ser o habitante do corpo e não o próprio corpo.
Ao dizermos meu corpo, referimo-nos à roupagem provisória de carne, instrumento que permite o eu divino, alma, ou raio de luz, expressar-se neste mundo físico. O eu é imortal, eterno e perfeito, enquanto o meu é finito, transitório e efêmero. Quando conscientemente vivemos nesta verdade, a morte deixa de fazer sentido e assim livramo-nos deste carcereiro.
Todo aquele que trabalha conscientemente no sentido de assumir seu lado divino – o Cristo em si – governa sua parte humana, assume sua verdadeira identidade - filho de Deus - e assim, acessa a fonte da liberdade eterna.
A consciência de sermos luz e o exercício de fazê-la crescer coloca a personalidade e a existência sob a tutela dessa luz, levando-nos gradativamente à liberdade infinita.
Aos que acreditam nessa prática e nela vivem Jesus o Cristo diz, segundo Marcos: "Em meu nome expulsarão demônios, falarão em novas línguas e pegarão em serpentes. Se beberem algum veneno mortífero, nada sofrerão. Imporão as mãos sobre enfermos e estes ficarão curados". Essas promessas do doce Rabi já prenunciavam uma nova era, de liberdade, na qual o homem não tem porto e o tempo não tem margem.
Liberdade é um estado de consciência. Alguns desde há muito já a desfrutam, enquanto outros, talvez jamais cheguem a fazê-lo.
Grande abraço,
Luciano Medrado.
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