segunda-feira, 22 de junho de 2009

A EDUCAÇÃO NO CONTEXTO DA ERA DA INFORMAÇÃO E DAS NOVAS TECNOLOGIAS

blogueiro

As transformações tecnológicas tornaram possível o surgimento da era da informação. São muitos hoje os meios pelos quais este conhecimento chega trazendo suas novidades em questão de minutos e até mesmo em tempo real. Não dá mais para não convivermos com eles. É um fato: somo seres informívoros.

Mas como filtrar este conhecimento? Como se informar e dialogar com o conhecimento não deixando alienar-se e não alienando-se deixar-se formar,  ou seja,  fazer da informação vindo de fontes fidedignas realizem um ato de formação e transformação da minha inteligência que uma vez aberta ao novo conhecimento jamais se torna a mesma?

Estas são perguntas destes tempos atuais e da educação também. Esta última se coloca perplexa com a crise de paradigmas que uma vez não pode se tornar para ela um álibi para o imobilismo.  É correta a afirmação de quem diz que a história da humanidade é cada vez mais a disputa de uma corrida entre a educação e a catástrofe. Corrida para dar conta das novas demandas de reformular o ensino correndo o risco de perder-se no vazio existencial frente a uma sala de aula que pede um novo jeito de ensinar e catástrofe no quando penso a educação dentro deste novo contexto de mudança e incerteza que afeta seu sentido e ao mesmo tempo o redimensiona para algo mais macro dentro da malha social.

Assim, vejo surgir perguntas e inquietações minhas como: “Qual o papel da educação neste novo contexto e ideário político e tecnológico? Qual o papel ou melhor o sentido da educação na era dos computadores com seus pacotes de imagens, luzes, criações, efeitos visuais e  virtuais que deixam cada criança e até mesmo adultos “vidrados” na tela do computador?

É aqui que trago o conceito de perspectiva para nortear nossa conversa para compreendermos quais a educação deve dispor neste novo cenário e ideário que se apresenta cada dia nesta nova fase da sociedade do século XXI.

Terminologicamente a gênese de perspectiva é latina e deriva de dois verbos, um é o perspecto (olhar até o fim atentamente) e o outro é perspicio (olhar através, ver bem, examinar com cuidado, reconhecer).

Sendo assim, perspectiva é reconhecer examinando com cuidado as novas possibilidades de um novo que se abre para poder olhar através deste novo as realidades que lhe são intrínsecas como janelas para uma nova postura para ver bem o sentido destas inovações e modos de ser e conviver.

Este é a construção do conceito que procurei estabelecer. Mas também pode ser uma antecipação qualquer do futuro como um projeto, uma esperança, um ideal, uma ilusão, uma utopia. Aqui entramos num jogo de palavras mas não podemos perder de vista que perspectiva precisam ser “coisas” que tenhas consistência suficiente para serem possibilidades autênticas.

Por isso, o traço mais original da educação deste século é o deslocamento de enfoque do individual para o social embora temos vividos tempos de isolamento existencial como nunca temos vivido. Outro traço de deslocamento é o que verificamos como sempre foi e é observável que não há idade para se educar porque a educação se estende por toda a vida e esta educação nunca é neutra e apolítica.

Tentando responder as perguntas  do início desta postagem compreendemos que a educação opera com a linguagem escrita e a nossa cultura atual dominante vive impregnada por uma nova linguagem que chegou com tudo, a da informática, particularmente a linguagem da internet. Assim compreendemos tantos desencontros em sala de aula quando educadores não se fazem entender o tamanho de tanta desmotivação dos alunos em não querer passar um tempo  considerável em uma sala de aula com linguagens e motivações de mão única e sempre a do professor que ainda não está “equipado” com estas novas linguagens e não sabe fazer uso a seu  favor das tecnologias em sala de aula.

2 comentários:

  1. Olá Lu, bem legal seu texto. Realmente amigo a importância da velocidade das informações promove para um bom entendedor, uma dicotomia, pois ao mesmo tempo que podemos nos beneficiar, podemos também alienar-se. Deivido a esses e outros fatores, nasce em outra situação, o real papel da escola, o de norteador, educador, formador, que se souber aproveitar esse contexto, conseguirá de fato da conta da formação do ser capaz de opinar, construir e descontruir conceitos.

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  2. Luciano,

    Suas questões são bastante atuais.“Qual o papel da educação neste novo contexto e ideário político e tecnológico? Qual o papel ou melhor o sentido da educação na era dos computadores com seus pacotes de imagens, luzes, criações, efeitos visuais e virtuais que deixam cada criança e até mesmo adultos “vidrados” na tela do computador?

    O que percebo nesse cenário é uma velocidade enorme de informações e a necessidade constante de atualização em todas as áres da sociedade. Aprender com o outro, trocar saberes e produzir novos conhecimentos é o nosso desafio.

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