domingo, 19 de abril de 2009

O EIXO DA FORMAÇÃO DOCENTE



 

"A mente que se abre a uma nova idéia jamais volta ao seu tamanho original."

(Albert Einstein)


 

Hoje é sabido o quanto é difícil a superação da dicotomia entre o fazer e o pensar elaborada há muito tempo pelo sociólogo Émille Durkheim, o fundador da escola francesa de sociologia. É dele a frase que diz que alguns nasceram para pensar e outros para executar o que àqueles pensaram, ou seja, uns para fazer, outros para pensar, uns dominando a teoria, outros, muitos outros, tandos outros limitados à prática mecanizante.

Do enunciado acima, a educação segue atrelada a princípios capitalistas seguidos à risca pela demanda da sociedade plural, sendo ela a reguladora das ofetas dos modelos que devem sair do portão da escola, quando um aluno completa sua fase final.

Em nome de uma pretensa produtividade, (ESTEBAN e ZACCUR, 2002) em Professora pesquisadora: uma prática em construção afirmam que a escola se vio invadida pelos planejadores tecnicistas que passaaram, a sorver e a pensar pelos professores, desprofissionalizando estes docentes. Em nome de uma ciranda de incessante de busca de novos fazeres metodológicos, instaurou-se na escola um carrocel de novidades pedagógicas onde até se pintam novos letreiros luminozos piscando a arder e embaralhar os olhos ou até mesmo os de neon publicando para quem passa o ramo de segmento de tais escolas.

É aqui que entra o princípio fundamental e fundante do fazer pedagógico eo eixo central de cada professor e professora: a pesquisa. A pesquisa, não sendo um fim em si mesma, pode ser a consequência de um fazer em que o indivíduo faz e coloca questões, argumenta, contra-argumenta, desafia, rteconstrói o sabido, reformula opiniões, desconstrói decretos. Pesquisar pode se dar a partir de um questionamento empírico teórico de uma investigação, no sentido de uma busca de respostas, que se abrem a novas perguntas num movimento que nunca encontra um ponto tyerminal justamente devido ao seu movimento não liner e não estático porque a realidade se apresenta sempre multifacetada composta sempre de respostas plurais.

Para( ESTEBAM e ZACCUR, 2002), Aqueles professores que se aplicam a fazer uma releitura de suas práticas em sala de aula, submentendo-se ao olhar avaliador, questionando as respostas obtidas caminha no sentido de desnaturalizar o senso comum. E nesse fazer vai se construindo um profrofessor(a)-pesquisador(a) que acorre aos espaços acadêmicos ou não onde se discute o processo ensino aprendizagem em busca de interlocutores que os ajudem a ver mais ampla e profundamente suas questões porque a previsibilidade, a ordem e a homogeneidade que caracterizam o processo formativo entram em choque com a imprevisibilidade, a heterogeneidade e o caos que complexificam e fazem presentes nas relações humanas.

É na pesquisa, na inserção cotidiana e nos diferentes espaços educativos intra e extra classe, que surgem questões que alimentam a necessidade de saber mais, implicando numa melhor compreensão do que se está observando, vivenciando para posteriormente construir novas formas de percepção da realidade que nunca é estática e de encontrar indícios que façam dos dilemas desafios que podem ser enfrentados tendo sempre como eixo a pesquisa e a formação continuada inseridas no cotidiano do corpo escolar.


 

REFERÊNCIA:

ESTEBAM, Maria e Tereza e ZACCUR, Edwiges (orgs). Professora – pesquisadora: uma práxis em construção. Rio de Janeiro: Editora DP&A, 2002.

Um comentário:

  1. Sem pesquisa não desenvolvemos nossa autonomia e não criamos.Daí a grande dificuldade da escola em trabalhar com processos de virtualização e atualização. Virtualizar é perceber o que existe em potência, e que poderá ou não ser atualizado. Formar o profesor pesquisador, é o nosso grande desafio.
    Beijos,

    Socorro

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